ECOLOGIA OU MORAL DUPLA?
O nosso inefável Primeiro-Ministro, recordista nacional de
concursos “viciados” e golpadas de gabinete, é o homem que, nestas ilhas, mais
fala de “ética” e “transparência”… Contudo, “O Ético” vai mantendo criminosos no
Governo, afaga falsificadores de atestados médicos, admite trapaças eleitorais
no consulado de Boston, expulsa alunas grávidas dos liceus (mais de 100), sobe,
ou manda subir, o preço da energia eléctrica (quando tinha prometido o
contrário), ludibria os sindicatos, congemina o conto-do-vigário (ou será do
vigarista?) da Boa Vista, o célebre contrato entre a SDTIBM e a SLN, manipula a
imprensa (Repórteres Sem Fronteiras dixit), enfraquece o poder municipal e
atribui verbas milionárias às “associações”/satélites do partido à margem da
Lei, como se fossem empresas registadas...
Al Gore é muito parecido com o dr. José Maria Neves, num
aspecto: ambos vociferam princípios que jamais cumprem na prática! A diferença é
que o norte-americano ganhou um Óscar, enquanto o ex-JAAC/CV persegue a sua
merecida estatueta. Para o efeito, dizem, corre uma campanha de “marketing” na
TCV e um abaixo-assinado, que será, no seu devido tempo, encaminhado ao júri de
Hollywood (espera-se que não surja nenhuma “grelha” de última hora para
atrapalhar a vitória anunciada do habilidoso actor
macroeconómico!!!).
O nosso inefável Primeiro-Ministro, recordista nacional de
concursos “viciados” e golpadas de gabinete, é o homem que, nestas ilhas, mais
fala de “ética” e “transparência”. No tempo da monarquia, de um homem assim, tão
nobre, puro e castiço, dir-se-ia: “Dom José Maria II, O Ético” (II dos dois
dígitos do crescimento económico, promessa constante do solene Programa de
Governo!).
Contudo, “O Ético” vai mantendo criminosos no Governo,
afaga falsificadores de atestados médicos, admite trapaças eleitorais no
consulado de Boston, expulsa alunas grávidas dos liceus (mais de 100), sobe, ou
manda subir, o preço da energia eléctrica (quando tinha prometido o contrário),
ludibria os sindicatos, congemina o conto-do-vigário (ou será do vigarista?) da
Boa Vista, o célebre contrato entre a SDTIBM e a SLN, manipula a imprensa
(Repórteres Sem Fronteiras dixit), enfraquece o poder municipal e atribui verbas
milionárias às “associações”/satélites do partido à margem da Lei, como se
fossem empresas registadas...
Para mais informações sobre O Ético nacional/socialista ver
o texto de Humberto Cardoso, intitulado “Conflito de interesses: negar ou
prevenir” (www.emcima.blogspot.com). O jornal “Expresso das Ilhas”, desta
semana, traz também textos importantes sobre a corrupção em Cabo Verde que
merecem ser lidos (Armindo Ferreira escreve sobre “Os políticos que nós temos!”,
Casimiro de Pina sobre “Corrupção: teoria e prática”, etc.).
Bem, deixemos a empresa “José Maria & kamaradas
Limitada” (ou seja, o Governo de Cabo Verde!) porque deve estar,
patrioticamente, a preparar “mais alguma”, fofa e balofa, à custa do interesse
público e das leis da República. O texto de hoje, cuja leitura vos proponho,
“hic et nunc”, é de um argentino, que analisa as curiosas contradições do senhor
Al Gore a respeito do aquecimento global. O autor é Presidente da FAEC
(Fundación Argentina de Ecologia Cientifica).
O texto foi publicado originalmente no site da FAEC –
Ecologia: Mitos e Fraudes. http://www.mitosyfraudes.org/Calen6/Oscar.html
Casimiro de Pina – casipina@hotmail.com
AL GORE: UMA VERDADE HIPÓCRITA
Por Eduardo Ferreyra
Na Noite dos Óscares, o anticientífico documentário de Al
Gore, Uma Verdade Inconveniente, recebeu um Oscar político da Academia de Cinema
pelo “melhor documentário” do ano; porém, o Centro de Investigações Políticas de
Tennesse (o Estado de Al Gore) descobriu que Gore merece, na realidade, um Óscar
da Hipocrisia.
A mansão de Gore, localizada no elegante bairro de Belle
Meade de Nashville, consome mais electricidade POR MÊS do que o lar médio
americano em TODO O ANO, segundo a Companhia de Electricidade de
Nashville.
No seu documentário, o ex-vice-presidente pede ao povo
americano para conservar a energia, reduzindo seu consumo eléctrico em casa.
Aconselha a reduzir o consumo inútil, desligando todos os aparelhos
electrodomésticos que estão em “standby”, quer dizer, as televisões e monitores
de computador que estejam esperando que se faça um clic com o controlo remoto
para religá-los, e o mesmo com as lavadoras de roupa que têm esse “led”, as
cafeteiras eléctricas, os equipamentos de música, os aparelhos de DVD, os
vídeo-cassetes...
É evidente que o Sr. Aquecimento Global, Al Gore, pratica o
costume preferido do ecologismo: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu
faço”.
Segundo nos informa a organização de Tennesse, o lar médio
americano consome 10.656 kiloWatts/hora (kWatt/h) por ano, de acordo com o
Departamento de Energia dos Estados Unidos. Em 2006, Gore devorou quase 221.000
kW/h – mais de 20 vezes que a média nacional.
Comparando com a média argentina, de 300 kW/h mensal, ou
3.600/k por ano (e somos muito generosos!), o consumo do lar médio
norte-americano é três vezes maior que o argentino. Não é em vão que os
americanos ganham mais e vivem melhor que os argentinos ou qualquer outro povo
no mundo – e a ideia de Al Gore é que os países subdesenvolvidos limitem o seu
miserável consumo de energia –, para que ele e seus amigos possam gastar seus
18.000 kW/mensais, sem que se diminua a imagem de seus televisores de 50
polegadas.
Só em Agosto passado Gore queimou CO² pelo valor de 22.619
kW/h – esbanjando em um mês mais que o dobro do que usam os pobres americanos em
média em UM ANO INTEIRO. O resultado é que a média mensal da factura de
electricidade do Sr. Al “Aquecimento Global” Gore é de $ 1.359 dólares. Quase o
mesmo cobrado a um aposentado argentino em todo um ano. Não está nada mal –
oxalá pudéssemos nos dar esse luxo aqui no distante Sul...
Desde a estreia de Uma Verdade Inconveniente, o consumo de
energia de Gore aumentou de uma média de 16.200 kW/h mensal, em 2005, para
18.400 kW/h em 2006. O uso extravagante que Al Gore faz da electricidade não
fica só em sua conta de luz. A factura do gás natural de sua casinha em
Nashville (e a “casinha de hóspedes”) é de $ 1.080 dólares mensais, em média.
Comparado com uma média generosa de 30 dólares mensais dos pobre Sudacas
argentinos, Al Gore vem a ser o Luis XV do século XX e este Luis XV nos
aconselha: “Poupem energia – ou o mundo acaba”.
Em 2006, o total combinado de electricidade e gás natural
usado e pago por Gore em sua casa de Nashville totalizou quase $ 30.000 dólares.
Se acrescentarmos o gasto em combustível para suas viagens de avião, suas
limusines, as de sua família e de seu pessoal, a cifra gasta - e o CO² emitido!
– chega a cifras impressionantes.
Vendo a maneira com que o Campeão Mundial da Conservação da
Energia usa a electricidade e o gás às mancheias, não é maluquice dizer que se
trata de um HIPÓCRITA Categoria Galáctica. “Como o porta-voz eleito pelo
movimento ecologista da mudança climática”, diz Drew Johnson, presidente do
Tennesse Center for Policy Research, “Al Gore teria que trilhar o seu caminho e
fazer o que prega, quando se refere ao uso de energia no seu próprio lar”. É
certo. Seria o justo e o honesto.
Nas pesquisas que se fazem nos Estados Unidos, acerca de
seu filme e sua alegação em “defesa do planeta”, quase sempre aparece a
pergunta: “O que você diria ao Sr. Al Gore depois de ver o filme?” Eu lhe diria:
“CARA DE PAU!!!”. Certamente, ele já está acostumado...
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