sexta-feira, 9 de março de 2007

ECOLOGIA OU MORAL DUPLA?

O nosso inefável Primeiro-Ministro, recordista nacional de concursos “viciados” e golpadas de gabinete, é o homem que, nestas ilhas, mais fala de “ética” e “transparência”… Contudo, “O Ético” vai mantendo criminosos no Governo, afaga falsificadores de atestados médicos, admite trapaças eleitorais no consulado de Boston, expulsa alunas grávidas dos liceus (mais de 100), sobe, ou manda subir, o preço da energia eléctrica (quando tinha prometido o contrário), ludibria os sindicatos, congemina o conto-do-vigário (ou será do vigarista?) da Boa Vista, o célebre contrato entre a SDTIBM e a SLN, manipula a imprensa (Repórteres Sem Fronteiras dixit), enfraquece o poder municipal e atribui verbas milionárias às “associações”/satélites do partido à margem da Lei, como se fossem empresas registadas...

Al Gore é muito parecido com o dr. José Maria Neves, num aspecto: ambos vociferam princípios que jamais cumprem na prática! A diferença é que o norte-americano ganhou um Óscar, enquanto o ex-JAAC/CV persegue a sua merecida estatueta. Para o efeito, dizem, corre uma campanha de “marketing” na TCV e um abaixo-assinado, que será, no seu devido tempo, encaminhado ao júri de Hollywood (espera-se que não surja nenhuma “grelha” de última hora para atrapalhar a vitória anunciada do habilidoso actor macroeconómico!!!).
O nosso inefável Primeiro-Ministro, recordista nacional de concursos “viciados” e golpadas de gabinete, é o homem que, nestas ilhas, mais fala de “ética” e “transparência”. No tempo da monarquia, de um homem assim, tão nobre, puro e castiço, dir-se-ia: “Dom José Maria II, O Ético” (II dos dois dígitos do crescimento económico, promessa constante do solene Programa de Governo!).
Contudo, “O Ético” vai mantendo criminosos no Governo, afaga falsificadores de atestados médicos, admite trapaças eleitorais no consulado de Boston, expulsa alunas grávidas dos liceus (mais de 100), sobe, ou manda subir, o preço da energia eléctrica (quando tinha prometido o contrário), ludibria os sindicatos, congemina o conto-do-vigário (ou será do vigarista?) da Boa Vista, o célebre contrato entre a SDTIBM e a SLN, manipula a imprensa (Repórteres Sem Fronteiras dixit), enfraquece o poder municipal e atribui verbas milionárias às “associações”/satélites do partido à margem da Lei, como se fossem empresas registadas...
Para mais informações sobre O Ético nacional/socialista ver o texto de Humberto Cardoso, intitulado “Conflito de interesses: negar ou prevenir” (www.emcima.blogspot.com). O jornal “Expresso das Ilhas”, desta semana, traz também textos importantes sobre a corrupção em Cabo Verde que merecem ser lidos (Armindo Ferreira escreve sobre “Os políticos que nós temos!”, Casimiro de Pina sobre “Corrupção: teoria e prática”, etc.).
Bem, deixemos a empresa “José Maria & kamaradas Limitada” (ou seja, o Governo de Cabo Verde!) porque deve estar, patrioticamente, a preparar “mais alguma”, fofa e balofa, à custa do interesse público e das leis da República. O texto de hoje, cuja leitura vos proponho, “hic et nunc”, é de um argentino, que analisa as curiosas contradições do senhor Al Gore a respeito do aquecimento global. O autor é Presidente da FAEC (Fundación Argentina de Ecologia Cientifica).
O texto foi publicado originalmente no site da FAEC – Ecologia: Mitos e Fraudes. http://www.mitosyfraudes.org/Calen6/Oscar.html
Casimiro de Pina – casipina@hotmail.com
AL GORE: UMA VERDADE HIPÓCRITA
Por Eduardo Ferreyra
Na Noite dos Óscares, o anticientífico documentário de Al Gore, Uma Verdade Inconveniente, recebeu um Oscar político da Academia de Cinema pelo “melhor documentário” do ano; porém, o Centro de Investigações Políticas de Tennesse (o Estado de Al Gore) descobriu que Gore merece, na realidade, um Óscar da Hipocrisia.
A mansão de Gore, localizada no elegante bairro de Belle Meade de Nashville, consome mais electricidade POR MÊS do que o lar médio americano em TODO O ANO, segundo a Companhia de Electricidade de Nashville.
No seu documentário, o ex-vice-presidente pede ao povo americano para conservar a energia, reduzindo seu consumo eléctrico em casa. Aconselha a reduzir o consumo inútil, desligando todos os aparelhos electrodomésticos que estão em “standby”, quer dizer, as televisões e monitores de computador que estejam esperando que se faça um clic com o controlo remoto para religá-los, e o mesmo com as lavadoras de roupa que têm esse “led”, as cafeteiras eléctricas, os equipamentos de música, os aparelhos de DVD, os vídeo-cassetes...
É evidente que o Sr. Aquecimento Global, Al Gore, pratica o costume preferido do ecologismo: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Segundo nos informa a organização de Tennesse, o lar médio americano consome 10.656 kiloWatts/hora (kWatt/h) por ano, de acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos. Em 2006, Gore devorou quase 221.000 kW/h – mais de 20 vezes que a média nacional.
Comparando com a média argentina, de 300 kW/h mensal, ou 3.600/k por ano (e somos muito generosos!), o consumo do lar médio norte-americano é três vezes maior que o argentino. Não é em vão que os americanos ganham mais e vivem melhor que os argentinos ou qualquer outro povo no mundo – e a ideia de Al Gore é que os países subdesenvolvidos limitem o seu miserável consumo de energia –, para que ele e seus amigos possam gastar seus 18.000 kW/mensais, sem que se diminua a imagem de seus televisores de 50 polegadas.
Só em Agosto passado Gore queimou CO² pelo valor de 22.619 kW/h – esbanjando em um mês mais que o dobro do que usam os pobres americanos em média em UM ANO INTEIRO. O resultado é que a média mensal da factura de electricidade do Sr. Al “Aquecimento Global” Gore é de $ 1.359 dólares. Quase o mesmo cobrado a um aposentado argentino em todo um ano. Não está nada mal – oxalá pudéssemos nos dar esse luxo aqui no distante Sul...
Desde a estreia de Uma Verdade Inconveniente, o consumo de energia de Gore aumentou de uma média de 16.200 kW/h mensal, em 2005, para 18.400 kW/h em 2006. O uso extravagante que Al Gore faz da electricidade não fica só em sua conta de luz. A factura do gás natural de sua casinha em Nashville (e a “casinha de hóspedes”) é de $ 1.080 dólares mensais, em média. Comparado com uma média generosa de 30 dólares mensais dos pobre Sudacas argentinos, Al Gore vem a ser o Luis XV do século XX e este Luis XV nos aconselha: “Poupem energia – ou o mundo acaba”.
Em 2006, o total combinado de electricidade e gás natural usado e pago por Gore em sua casa de Nashville totalizou quase $ 30.000 dólares. Se acrescentarmos o gasto em combustível para suas viagens de avião, suas limusines, as de sua família e de seu pessoal, a cifra gasta - e o CO² emitido! – chega a cifras impressionantes.
Vendo a maneira com que o Campeão Mundial da Conservação da Energia usa a electricidade e o gás às mancheias, não é maluquice dizer que se trata de um HIPÓCRITA Categoria Galáctica. “Como o porta-voz eleito pelo movimento ecologista da mudança climática”, diz Drew Johnson, presidente do Tennesse Center for Policy Research, “Al Gore teria que trilhar o seu caminho e fazer o que prega, quando se refere ao uso de energia no seu próprio lar”. É certo. Seria o justo e o honesto.
Nas pesquisas que se fazem nos Estados Unidos, acerca de seu filme e sua alegação em “defesa do planeta”, quase sempre aparece a pergunta: “O que você diria ao Sr. Al Gore depois de ver o filme?” Eu lhe diria: “CARA DE PAU!!!”. Certamente, ele já está acostumado...

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Jurista e Docente Universitário

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