quinta-feira, 7 de maio de 2009

HISTÓRIA E MISTIFICAÇÃO

Acontece que, após 1974, a prisão do Tarrafal não foi fechada. A ditatura autóctone do PAIGC, que substituiu a do Dr. Salazar, também perseguiu os seus opositores e mandou alguns para o Tarrafal, o célebre “campo de concentração”… Agora imaginem lá uma coisa: se Salazar estivesse vivo, algum português de bom senso convidaria o velho Professor, em plena democracia, para proferir palestras sobre Peniche ou Caxias, celebrando a liberdade e os direitos sagrados da pessoa humana?!

Um dos aspectos mais enigmáticos da História (contemporânea) de Cabo Verde é a narrativa construída à volta do chamado “campo de concentração” do Tarrafal.
Simpósios “internacionais”, poemas libertários, floreios de circunstância: tudo é convocado para justificar o estelionato, na tentativa de agradar o “establishment” e impor, é claro, uma certa visão do mundo.
Para começar: aquilo não era, nem nunca foi, um “campo de concentração”. Só um ignorante pode afirmar o contrário. O conceito de “campo de concentração” está muito bem demarcado historicamente.
Basta ler um Soljenitsyne ou François Furet para se compreender a magnitude do erro e do embuste político.


Os pioneiros do genocídio em massa


Tarrafal foi apenas uma prisão. Assim como Caxias, em Portugal, foi uma prisão.
Ninguém vai dizer que houve um “campo de concentração” (!!!) em Caxias.
O regime de Salazar foi uma ditadura mesquinha. Prendeu muita gente de forma injusta e perseguiu os opositores.
Acontece que, após 1974, a prisão do Tarrafal não foi fechada. A ditatura autóctone do PAIGC, que substituiu a do Dr. Salazar, também perseguiu os seus opositores e mandou alguns para o Tarrafal, o célebre “campo de concentração”.
Milagre: os historiadores e os “homens da cultura” de Cabo Verde nunca falam disso!
É um tabu. É o segredo mais bem guardado da “Atlântida” ideológica. Censura...
Agora imaginem lá uma coisa: se Salazar estivesse vivo, algum português de bom senso convidaria o velho Professor, em plena democracia, para proferir palestras sobre Peniche ou Caxias, celebrando a liberdade e os direitos sagrados da pessoa humana?!

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Jurista e Docente Universitário

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