FILÚ: A MARCA DA "BOUTADE"
No meio da confusão, recorta-se, pois, a silhueta do senhor
"Filú". O cavalheiro incha-se de importância e, à viva força, tenta impor-se
como..."a marca" da Praia! É um erro monumental. Numa economia aberta, é o
cidadão, cada indivíduo, que escolhe a sua própria marca no mercado. A marca
nunca é imposta
"Ulisses ganhou aos pontos", garante o Liberal,
referindo-se ao debate radiofónico entre os candidatos à edilidade praiense. Ao
que parece, Felisberto Vieira ("Filú") viu-se em maus lençóis, incapaz de
disfarçar as nódoas de uma gestão clientelista e pouco eficiente. "Cave ne
cadas", ó gentil populista...
A cidade da Praia, como Ulisses Correia e Silva já
demonstrou em várias ocasiões, aliás com números indesmentíveis, é um sítio
pouco recomendável. O saneamento básico é deficiente. A desordem é a palavra de
ordem. A segurança é uma miragem. Há bairros pobres e cinzentos, no rendilhado
caótico de um urbanismo decadente e sem rosto humano. Na Índia, um costume
exótico quis que a vaca fosse um animal sagrado. Filú, alma generosa, foi,
todavia, mais longe: entregou as ruas e as praças ao gado, tratando, por igual,
o caprino e o bovino. Ponto final à discriminação!
No meio da confusão, recorta-se, pois, a silhueta do senhor
"Filú". O cavalheiro incha-se de importância e, à viva força, tenta impor-se
como..."a marca" da Praia! É um erro monumental. Numa economia aberta, é o
cidadão, cada indivíduo, que escolhe a sua própria marca no mercado. A marca
nunca é imposta. Resulta, antes, de uma escolha pessoal, consoante as
possibilidades e preferências de cada um. Uns preferem vinho francês. Outros
alegram-se com o whisky escocês. Não há, nos países livres e democráticos, um
ditador de pacotilha para impor uma marca à colectividade. Não existe um modelo
único imposto por decreto de um caudilho. Na política, pior ainda. É o
eleitorado que escolhe o melhor projecto. No mínimo, avaliza o projecto da sua
preferência. Este é o "ABC" da democracia. Mas "Filú", recorde-se, admira Fidel
Castro, como confessou um dia. Isto é: prefere o modelo político totalitário, em
que o chefe, qual déspota iluminado, é a marca da comunidade, à viva
força.
Eles são, por conseguinte, a marca da pesporrência e da
intolerância. A marca de um regime podre, estruturalmente corrupto.
Alguém quer comprar essa marca?
Casimiro de Pina - casypina@hotmail.com
PS: Há dias, no artigo "Burgo podre, populista à solta",
por mero descuido, grafei "Felisberto Vieira Lopes" em vez de "Felisberto Alves
Vieira", vulgo Filú. O primeiro, distinto advogado, nada tinha a ver com o
assunto. Apresento-lhe, pois, as minhas sinceras desculpas.
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