quinta-feira, 10 de agosto de 2006

FIDEL: UM DITADOR MODERNO

A forma simpática, comovente, como a imprensa cabo-verdiana referiu-se à “passagem” do poder em Cuba (de Fidel para Raul, como nas velhas monarquias) é mais um exemplo eloquente do estado da nossa democracia e da mentalidade dominante entre nós. Fidel foi aclamado, apresentado como um “velho lutador”, um líder “carismático”, que fez frente, heroicamente, ao “bloqueio americano”. Um “idealista”, em suma. Jorge Carlos Fonseca dizia-me, a propósito, numa roda de amigos, que a nossa gente não está habituada a exercer a faculdade crítica. E tem razão

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Jurista e Docente Universitário

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